quarta-feira, 7 de outubro de 2009

NADA SABE


Quem nunca sentiu o gosto amargo do exilio
O chão estranho, vão, tamanho
A dor cruenta da servidão insana
Quem nunca pranteou a perda de um sonho
Não sabe o que é sofrer
Não sabe o que é sofrer 

Quem nunca teve nos altares
Deuses moribundos, secos, de olhos fundos
Cegos às lágrimas derramadas
Quem nunca vestiu de luto a esperança
Não sabe o que é sofrer 
Não sabe o que é  sofrer

Quem nunca sentiu o beijo da perfídia
Queimando como fogo, rasgando o crédulo coração
Entregue a um querer mais inocente
Quem nunca chorou aos pés da cruz
Não sabe o que é sofrer
Não sabe o que é sofrer

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